Quando Jesus é traído? (Mateus 26.14-16)

Assunto Geral: Traição

Assunto Específico (tema): Quando Jesus é traído?

Referência Bíblica: Mateus 26.14-16

Objetivo Geral: Evangelístico

Objetivo Específico: Mostrar aos presentes que estamos sujeitos a trair Jesus se não nos comprometemos com o sua verdadeira mensagem.

Proposição (grande idéia): A principal razão humana da morte de Jesus e que traz o sentimento de horror diante de tudo que aconteceu, foi a traição de um dos seus levado pela imaturidade.

Introdução (captação)

A traição é um ato de infidelidade. Infelizmente acontece em todas as relações humanas: familiar, conjugal, profissional e até nas amizades. É a perda completa da lealdade. Judas personificou a traição quando entregou Jesus aos soldados religiosos com um beijo no monte das oliveiras antes da festa da páscoa.

Para entender a profundidade desta traição precisamos desmistificar a pessoa de Jesus e o propósito da sua morte. Sabemos hoje que covinha a Deus a crucificação do seu Filho e que o único caminho que Jesus tinha era o do Gólgota. Porém isso ameniza o pavor diante da maldade que Jesus foi envolvido. A principal razão humana que levou a morte deste inocente foi a traição de um discípulo levado por sua imaturidade.

Traímos Jesus quando não compreendemos corretamente a natureza da sua missão!

A traição de Judas pode ser melhor compreendida se entrarmos na mente deste discípulo. Iscariotes foi um grupo de pessoas com influências de radicais terroristas dos sicários. Parece que Judas tinha uma obsessão em relação a libertação política do seu povo de Isarel e esperava que Jesus desencadeasse um movimento de revolução, o que o teria levado a fazer o que fez.

Segundo os manuscritos de Hamadi descobertos no Egito na década de 60 Judas teria sido o discípulo mais próximo de Jesus e o único que entendeu a sua mensagem. Deste ponto de vista Judas não teria traído, mas feito o que Jesus esperava que se fizesse e o que as profecias anunciavam (Salmo 41.9). Estas explicações esclarecem mas não justificam a traição de Judas. É bem provável que Jesus estivesse escondido para acontecer a traição, ou que ela, somou a favor das acusações para tentar recriminar Jesus.

O fato é que Judas não compreendeu corretamente a natureza do ministério do Mestre e por isso o traiu, independente se sua intenção era boa ou má. Isso quer dizer que podemos também trair Jesus se não compreendemos corretamente a natureza de sua missão.

Por exemplo: traímos Jesus se colocamos seu carimbo em nossos próprios pensamento, ou se, usamos o seu nome para defender a nós mesmos e as nossas próprias causas, que não tem nada a ver com o que Ele ensinou. Se alguém usa o nome de Jesus para defender seus interesses particulares é porque ainda não entendeu corretamente o que Ele veio fazer neste mundo.

Traímos Jesus quando derramamos o sangue do inocente!

Quando alguém encontra-se fraco muitas pessoas querem se aproveitar desta situação para disparar seu golpe para afligir quem está na berlinda. Quando uma pessoa começa a ser criticada entre um grupo de pessoas, até aquele que não tem nada a ver com a história encontra seu motivo para participar do massacre da vida alheia.

Salomão viu que a verdadeira sabedoria é capaz de colocar um basta e não seguir o caminho dos ímpios que se apressam em derramar o sangue do inocente (Provérbios 1.15- 19). Jesus estava sendo perseguido pela injustiça travestida de religiosidade. Ele sabe muito bem o que é ser condenado mesmo não tendo culpa alguma. De modo que, quando o sangue de um inocente é hoje derramado, é impossível não se lembrar de Jesus e que isso, de alguma forma, aponta para Ele.

Então, se você está sofrendo apesar da sua justiça alegre-se e mantenha-se firme, mesmo que isso lhe custe algo, porque o mesmo aconteceu com Jesus. E se você vir um justo sofrendo perseguição não levante sua mão contra ele só porque os outros estão fazendo isso. Não derrame o sangue do inocente.

Traímos Jesus quando secularizamos nossa relação com Ele!

Secularização é tornar comum aquilo que é sagrado. O relacionamento com Jesus é o que existe de maior importância na vida. Todas as pessoas que conhecem a Jesus encontram na relação com Ele o sentido de suas vidas. Deveria ser também para Judas, mas infelizmente, este o vendeu por trinta moedas de prata, o preço de um escravo. Judas desvalorizou sua relação com Jesus o trocando por dinheiro.

Desvalorizamos nossa relação com Jesus quando atribuímos a Ele a função de tapa- buracos em nossas vidas, ou quando o elegemos o “segredo do nosso sucesso”, como se Ele fosse um gênio da lâmpada para realizar os nossos desejos. Desvalorizamos nossa relação com Jesus quando nos tornamos religiosamente frios com nossas mentes cauterizadas e insensíveis ao Evangelho que é a pura e verdadeira vida. Desvalorizamos nossa relação com Jesus quando abafamos seus ensinos e nos interessamos pelo que o dinheiro pode fazer por nós.

Conclusão (aplicação)

Judas representa a corrupção existente em cada um de nós. Sua história é um alerta para pôr fim a deslealdade e a traição, seja na família, no casamento, nas amizades, no trabalho, na igreja, e sobretudo na relação com Jesus. Nossa comunhão com o Salvador não pode ser mercadejada, não podemos tratar como uma mera mercadoria. E se nossa intimidade, lealdade, amor, não podem ser tratadas como uma mercadoria, não coloque ela a venda, não troque por nenhum benefício do mundo, pois todos os benefícios do mundo não podem superá-la.

Viva e honre esse compromisso existente entre vocês. Não se envergonhe dele onde quer que você esteja, na faculdade, no trabalho, ou diante de pessoas poderosas. Valorize seu compromisso com Cristo diante de todos e também quando estiver sozinho no canto do seu quarto. O amor fiel e perdoador de Jesus nos dá todas as garantias para saber que podemos confiar Nele, mas Ele espera que estejamos comprometidos a ponto Dele confiar em nós.