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Se Deus quiser... (Tiago 4.13-17)

  • Foto do escritor: PIBI
    PIBI
  • 15 de ago. de 2021
  • 4 min de leitura

Atualizado: 26 de ago. de 2021

Assunto Geral: Presunção


Assunto Específico (tema): Se Deus quiser...


Referência Bíblica: Tiago 4.13-17


Objetivo Geral: Consagração


Objetivo Específico: Combater o pecado da presunção da vida.


Proposição (grande ideia): A presunção da vida bloqueia a participação de Deus na construção da nossa realidade pelo livre-arbítrio. Compartilhar com Deus nossos planos sobre o futuro é o exercício que os dependentes Dele fazem todos os dias.


Introdução (captação)

“Nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia. Tudo passa. Tudo sempre passará”. A canção popular brasileira foi inspirada no pensamento de Heráclito, um sábio da antiga Grécia, que dizia assim: Ninguém se banha duas vezes nos mesmo rio, pois o rio que se vê agora não é o mesmo rio daquela ocasião anterior. As aguas se passaram e o rio é outro.

Tales de Mileto já dizia que tudo é água, as coisas não possuem sempre a mesma forma, tudo muda o tempo todo, há uma constante mudança da realidade. O conhecimento sobre a vida é complexo demais para ser apreendido pela natureza humana. Devemos, diante disso, sermos humildes e enxergarmos os perigos da presunção da vida.


1. O que é a presunção da vida?

A presunção é assegurar a nós mesmos que o tempo está ao nosso lado e à nossa disposição. As vezes pensamos que o tempo é o nosso aliado. Em algumas ocasiões realmente é, quando ele consegue apaziguar as emoções permitindo que a razão volte a conduzir nossas mentes. Mas na maioria das vezes o tempo não ajuda, pois ele está nos consumindo o tempo todo. E nós sabemos que a cada segundo a morte fica cada vez mais perto. Não temos muito tempo, por isso devemos aproveitar cada momento.

Presunção é também fazer os nossos planos como se estivéssemos no total controle do futuro. Obviamente Tiago não está combatendo a questão do planejamento, mas combatendo o planejamento sem levar Deus em conta. Devemos planejar nossa saúde que ficará cada vez mais precária, também a aposentadoria que um dia vai chegar e a formação educacional dos nossos filhos, mas sobretudo contar com Deus nesses planejamentos sem deixar tudo para Ele fazer sozinho. Parafraseando Inácio de Loyola, um sábio cristão, podemos dizer: Planeje, como se tudo dependesse de você, e aguarde como se tudo dependesse de Deus.

Presunção é ainda viver como se nossa vida não dependesse de Deus. Algumas vezes projetamos em nosso futuro bens, passeios, prazeres e conquistas. Nos esquecemos, porém, do mais importante, que é a Presença de Deus conosco. O salmista afirmou que vale mais um dia em sua presença do que mil em outros lugares (Salmo 84.10). O famoso clichê, “se Deus quiser”, nos lembra um princípio de dependência que não podemos nos esquecer para seguirmos em frente sustentados pela verdade e pela humildade.


2. Como nos proteger da presunção da vida?

Precisamos ter a consciência da nossa ignorância. Não podemos controlar a vida. Não sabemos o que acontecerá amanhã. O futuro depende de muitos fatores, inclusive a livre escolha que cada pessoa pode ter. O futuro é o nome que damos às coisas que esperamos que aconteça, mas ele pode simplesmente jamais acontecer do modo como esperamos. Como diz a canção popular brasileira, Aquarela, de Toquinho: Um menino caminha e caminhando chega no muro. E ali logo em frente, a esperar pela gente, o futuro está. E o futuro é uma astronave que tentamos pilotar. Não tem tempo nem piedade, nem tem hora de chegar. Sem pedir licença muda nossa vida, depois convida a rir ou chorar. Nessa estrada não nos cabe conhecer ou ver o que virá. O fim dela ninguém sabe bem ao certo onde vai dar. Vamos todos numa linda passarela. De uma aquarela que um dia, enfim, descolorirá.

Devemos ter também a consciência da nossa fragilidade. A vida pode ser perdida num instante, e se ainda assim chegarmos a velhice veremos quão passageira ela é. A Bíblia se refere a brevidade da vida de várias formas. Ela é chamada de neblina, sombra (Jó 8.9), corredor (Jó 9.25), flor (Jó 14.1), sopro (Salmo 144.4) e suspiro (Salmo 90.9). De repente, quando abrimos os nossos olhos, já estamos vivendo, e quando começamos a gostar desse negócio e pegar o jeito para a coisa já se aproxima o momento de fecharmos os mesmos olhos que se abriram a tão pouco tempo atrás.

É importante ter ainda a consciência da nossa total dependência de Deus. Ele não quer fazer parte de uma pequena porção das nossas escolhas. Ele não se contenta em participar de alguns poucos instantes da nossa vida. Devemos compartilhar com Deus tudo que somos e fazemos. Quando fazemos isso a sabedoria vinda Dele nos ajuda a revermos nossos desejos, somos encorajados por Sua Presença em nós e consolados na hora da dor. Se compartilhamos com Deus cada detalhe da nossa vida ele fará uma diferença bastante significativa.


Conclusão (aplicação)

Conta-se que César Augusto, imperador romano, vivendo os seus últimos momentos políticos, sem saber que iria ser assassinado, recebeu em palácio um de seus amigos políticos que lhe entregou, às pressas, um bilhete e lhe disse: “Leia agora mesmo, é coisa urgente”. Zombando da pressa do amigo, César disse: “Coisa urgente eu sempre deixo para amanhã”. Colocou o bilhete no bolso e não leu. Naquele mesmo dia ele fora assassinado. Foi encontrado em seu bolso um bilhete que dizia: “Tente fugir, pois estão tramando lhe matar”. Se ele tivesse lido o bilhete, talvez tivesse escapado da morte naquele dia.

A presunção olha para a vida como um contínuo direito e não como uma misericórdia diária. Não só somos ignorantes em relação ao amanhã, como também não merecemos viver um dia a mais do que ninguém. Cada dia é uma dádiva de Deus, cada momento é um presente dos céus para nós. O futuro só pode acontecer se Deus for misericordioso e permitir que assim seja. Por isso, antes e não depois, de cada plano devemos colocar Deus, e se sua vontade concordar com a nossa ficaremos muito felizes, mas se não concordar preferimos ainda assim a sua vontade, pois certamente será o melhor caminho.

Assim, quer tenhamos muitos anos de vida ou apenas breves anos diante de nós, vamos contar os nossos dias de maneira que aprendamos a viver. Que os melhores dias de sua vida ainda estejam para frente e não para trás. Que os nossos dias sejam bem aplicados em termos de eternidades.

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