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O Reino entre Nós (Mateus 7.24-27)

  • Foto do escritor: PIBI
    PIBI
  • 28 de mar. de 2019
  • 9 min de leitura

Série de Mensagens – O Reino entre nós!

Assunto Geral: Obediência

Assunto Específico (tema): Cristo, o fundamento da vida!

Texto Bíblico: Mateus 7.24-27

Objetivo Geral: Consagração

Objetivo Específico: Mostrar aos discípulos a importância de obedecer a Cristo.

Proposição (grande ideia): O fundamento certo para confiarmos à vida está na pessoa e nos ensinos de Jesus Cristo.

Introdução (captação)

A parte final do sermão do monte está registrada no capítulo sete do Evangelho segundo Mateus. Concluindo seu sermão Jesus mostrou a necessidade de se aplicar aos seus ensinos. Ele afirmou que aqueles que não praticam o que acabou de ensinar é uma pessoa imprudente que não resistirá em sua fé quando os problemas aparecerem. Ao contrário de quem as praticar, que neste caso, é considerando uma pessoa prudente que resistirá em sua fé quando os problemas vierem. Nossas vidas precisam de um fundamento sólido, e este fundamento é Jesus, sua maneira de viver e tudo que ensinou. Para construirmos nossas vidas sobre a rocha precisamos praticar tudo que Ele nos ensinou. Neste capítulo Jesus nos ensina alguns cuidados que seus seguidores devem observar: transformem a cultura da censura em ambiente de restauração (1-6), façam o bem sem olhar a quem (7-11), tratem os outros da mesma maneira como vocês gostariam de serem tratados (12-14) e sejam filhos próximos do Pai e não servos distantes (15-23).

1. Transformem a cultura da censura em ambiente de restauração (1-6)

A cultura da censura se instala numa comunidade através da prática do julgamento das circunstâncias e das pessoas. O julgamento é um ato muito perigoso, pois pode fazer o mal brotar no coração do discípulo. O julgamento é perigoso, pois estamos sujeitos a julgamentos precipitados. Julgamentos com motivações e métodos espúrios se tornaram um mal na época de Jesus e que oprimiu as pessoas desagradando ao nosso Pai que estas nos céus. A própria Bíblia mostra um exemplo onde um homem de Deus, um sacerdote chamado Eli, julgou precipitadamente uma mulher como embriagada, mas que na verdade ela simplesmente buscava o Pai com todo o seu coração (1 Samuel 1.14,15). Um dos problemas mais sérios do julgamento é que ele nos coloca no lugar de Deus, o grande juiz que pode julgar retamente todas as coisas. O Pai é perfeito no julgamento, mas nós somos falhos. Nós não sabemos julgar as motivações do coração. Somos traídos pela aparência. Apenas o Pai sabe de todas as coisas e pode julgá-las retamente (1 Coríntios 4.4-5). Jesus, porém não está dizendo que é proibido fazer avaliações a respeito das circunstâncias e das atitudes das pessoas. Ele mesmo neste sermão orientou seus discípulos a não agirem como os gentios e os fariseus por causa da hipocrisia. Como Ele poderia dizer isso se não fizesse uma avaliação a respeito de suas práticas? O problema não é fazer julgamentos, mas sim julgar precipitadamente, sem cuidado algum. O julgamento precisa ser justo e para um julgamento ser justo depende muito mais de quem julga do que de quem é julgado. Depende mais da condição da alma do juiz e não na condição do réu, pois se quem deve julgar é uma pessoa que vive as “bem aventuranças” sua alma será cheia de amor, de justiça, de verdade, de mansidão, de bondade, de compaixão e de acolhimento, e assim o julgamento será benéfico. Jesus ensinou aos seus discípulos que não deveriam julgar como acontecia naquela época. Ele estava denunciando a maneira de viver daquela sociedade que transformou a censura em parte da sua cultura, principalmente por obra dos religiosos, dos fariseus, que reivindicavam serem os portadores da Palavra de Deus. A cultura da censura se instala numa comunidade principalmente através de seus líderes: se um líder julga com maldade e perversidade, ele está simplesmente ensinando sua comunidade a censurar da mesma forma e com a mesma crueldade. Quando a cultura da censura passa a fazer parte de uma comunidade esta se torna capaz de crucificar, pelo julgamento precipitado, até mesmo o próprio Filho de Deus. Na medida em que as pessoas de uma comunidade julgam cada vez mais umas às outras uma cultura de censura acaba se instalando no meio do povo. Chega um momento em que as pessoas se encontram predispostas em avaliar, questionar e julgar pessoas e fatos, e enquanto isso não acontece não ficam satisfeitas. Em algumas situações a atitude de censura em relação a outros não é, nada mais e nada menos, do que a tentação de exibicionismo e projeção pessoal, tirando proveito das falhas dos outros. Ou seja, em algumas vezes o julgamento é um reflexo do egoísmo existente dentro das pessoas. Num outro exemplo bíblico (Gênesis 38.1-26) vemos um homem chamado Judá condenando sua nora chamada Tamar para ser queimada por causa de adultério. A intenção daquele juiz era evitar que o pecado entrasse no meio de seu povo. Mas Tamar o desmascarou mostrando que o adúltero era ele, pois ele era um homem casado que deitou com ela, uma mulher viúva. Em Romanos 2.1 a Bíblia confirma que o julgamento é perigoso, pois podemos projetar nos outros os nossos próprios pecados. Às vezes projetamos nossos defeitos nos outros. Os defeitos são nossos, mas achamos que está no outro. Uma viga no olho vai nos atrapalhar a ver. Estamos vendo o defeito, a viga, mas do nosso ponto de vista ela parece que está no outro. Se em nós ela for removida, o defeito do outro talvez desapareça. Jesus está ensinando que antes de reparar os defeitos dos outros devemos reparar nossos próprios defeitos primeiro. Como discípulos de Jesus, devemos fazer o mesmo que Jesus fez e transformar a cultura da censura num ambiente de restauração. No lugar do julgamento o que deve existir é a oportunidade de confissão e cura. Tirar a trave do olho é um gesto de libertação pessoal. Que cria uma cultura de quebrantamento e não de censura. A atitude dos discípulos deve ser de misericórdia para reabilitar e não censurar para punir, que começa em si mesmo e não no outro.

2. Façam o bem sem olhar a quem (7-11)

Nesta parte Jesus não está falando sobre a oração, como às vezes pensamos. Ele está se referindo à conseqüências naturais da vida. Quando se bate, a porta se abre. Quando se pede se recebe. Isso significa que devemos abrir a porta de quem está batendo e concedendo aqueles que pedem. O ensinamento é fazer o bem sem olhar a quem. As verdadeiras ovelhas fazem bem e não o mal. O Pai sabe exatamente do que nós precisamos e não nos dará algo parecido. Se precisarmos de peixe, Ele nos dará peixe e não algo parecido com o peixe, uma cobra por exemplo. Se precisarmos de pão Ele nos dará o pão, e não algo que pareça com o pão, uma pedra por exemplo. O Pai é bom ao cuidar das pessoas que o buscam. Se Deus é bondoso com as pessoas, os discípulos também devem ser.

3. Tratem os outros da mesma maneira como vocês gostariam de serem tratados (12-14)

O sermão do monte pode ser resumido numa regra de ouro: trate as pessoas como você gostaria de ser tratado. Esta grande verdade, porém não era uma mensagem inédita na época de Jesus. As pessoas já a conheciam desde muito tempo: Sócrates, Aristóteles e até Confúcio compartilhavam da mesma ideia. O livro apócrifo de Tobias do século III a.C. também trazia uma mensagem similar: o que você odeia, não faça a ninguém (4.15). Também o Talmud registrou a regra quando um pagão solicitou a Hillel para que o transformasse num prosélito, e Hillel respondeu: o que é ruim para você, não faça a seu próximo. Isso é toda a Torá. O resto é comentário. Vá e aprenda (Shabba 31a). E Levítico 19.18 já dizia: Ame o próximo como a si mesmo. No sermão do monte Jesus é claro, ou escolhemos o caminho estreito ou o largo, Deus ou as riquezas, o amor ou ódio, a vida sobre a rocha ou a vulnerabilidade da areia. Não tem como escolher entre uma rocha ou outra rocha, a escolha é rocha ou areia. Mas apenas a rocha pode suportar o vento forte, as adversidades da vida. É muito perigoso fundamentar a vida sobre uma idéia frágil, ainda que seja uma idéia a respeito de Deus. Uma teologia frágil, diferente do que Jesus ensinou, é um fundamento de areia, e quando a tempestade vier, destruirá a casa. Uma fé frágil ou depositada em algo frágil não dará sustentação quando as adversidades da vida vierem, as enfermidades, os problemas, a morte. Mas quando o fundamento é sólido, quando a fé é colocada na pessoa certa, em Jesus Cristo, e seus ensinos são praticados, dentre eles “tratar as pessoas como gostaríamos de sermos tratados” a tempestade pode vir, as enfermidades, os problemas e até a morte, mas casa permanecerá inabalável. A Paz e a vida eterna permanecerão sempre dentro de quem pratica o que Jesus ensinou.

4. Sejam filhos próximos do Pai e não servos distantes (15-23)

O último ensino que Jesus deixou no sermão do monte e que deve ser praticado por seus discípulos está relacionado ao tipo de relacionamento que devemos ter com o Pai. Em todo o sermão esta idéia está presente, mas agora, no final, Jesus deixa isso muito claro. O Pai espera que sejamos filhos próximos e não servos distantes. Jesus estabelece uma relação entre “fazer a vontade do Pai” e a entrada no Reino dos céus. É por isso que Jesus mostrou a importância de preservar a essência. O que somos define o que falamos e fazemos. Em Jesus temos um exemplo de filho próximo, e nos fariseus temos um exemplo de servos distantes, pessoas que estão envolvidas na obra de Deus, mas não o conhecem, são apenas falsos profetas. Os profetas no passado eram aqueles homens que reivindicavam serem os portadores da Palavra de Deus. Se fosse hoje em dia Jesus poderia falar não de “falsos profetas”, mas “falsos pastores”. Jesus ensina a importância do cuidado com as pessoas que usam a fé dos outros para proveito próprio, como um lobo devorador. Um dos grandes problemas dos falsos profetas é a falsidade, a hipocrisia, aparentam ser ovelhas, mas na verdade são lobos. Ao invés de cuidar das ovelhas eles só querem realmente tirar coisas delas. Os falsos profetas são como porcos. E pérolas não devem ser jogadas a eles. A confissão dos quebrantados de coração, daquelas pessoas que foram machucadas pelo pecado é como pérolas. As pérolas não devem ser dadas aos porcos. Estes líderes religiosos falsos não se interessam em cuidar dos quebrantados de coração, eles só querem sugar. Não podemos deixar nas mãos dos falsos profetas a necessidade destas pessoas. Através de seus títulos, do modo de falar e de se vestir os falsos profetas se impõem sobre as ovelhas para manipulá-las. Os falsos profetas utilizam-se de normas e leis, e quanto mais leis, mais facilmente o povo será presa. A lei é boa, mas ela deve ser criada para o bem da comunidade e não a comunidade para o bem da lei. É isso que diz a Bíblia (Mc 3.27). Os rituais eram outra forma que os falsos profetas utilizavam para manipular as pessoas. As ovelhas eram reduzidas a números, a objetos e suas vidas eram sugadas para manter a religião. Diferente do que Jesus fazia os falsos profetas destroem a cana quebrada, apagam o torrão que fumega (Mt 12.20). Mas os verdadeiros discípulos de Jesus e seguem o Mestre devem levar adiante a vida abundante. Os falsos profetas não geram filhos próximo do pai, mas servos distantes, Os servos distantes até confessam o Senhor, mas isso não basta. A confissão é boa (Mt 10.32, Rm 10.9-10). Mas nem sempre as palavras são suficientes. A confissão pode até vir de pessoas que sinceramente estão envolvidos na missão que supõe acreditar. Mas a festa do juízo final é daqueles que foram amados e conhecidos de Jesus Cristo e comprometidos com seus ensinos. O destino dos servos distantes é a separação definitiva do Pai. Os servos distantes e seus seguidores nunca conheceram o Pai e nunca O conhecerão se não buscarem sinceramente ao Senhor. Precisamos tomar cuidado com os servos distantes. Jesus disse que pelo fruto conhecemos os servos distantes. Neste sermão Jesus já falou sobre os frutos. Os servos distantes não possuem as bem-aventuranças. Eles são infelizes e doentes espiritualmente. Podem até pregar, ensinar muito bem. Dirigir igrejas e realizar milagres, mas se não são humildes, sensíveis às necessidades humanas, pacificadores de conflitos, misericordiosos com as pessoas, limpos de corações e se não desejam a justiça não passam de servos distantes. O filho próximo é identificado pelas marcas de Cristo e pelo fruto do Espírito, não apenas em seu discurso, mas principalmente em sua vida. A idéia é que o filho próximo preserva a vida da ovelha, mas os servos distantes querem consumir suas riquezas e suas emoções. O filho próximo é um discípulo, e um servo distante um falso profeta.

Conclusão (Aplicação)

Isso nos mostra que os ensinos do sermão do monte são tangíveis a nós, ou seja, é possível sim viver plenamente as bem-aventuranças e isso deve ser nosso objetivo. O discípulo de Cristo não deve viver de maneira imoral ou aética, antes, devem buscar as virtudes espirituais e o fundamento para uma vida capaz de superar as tempestades, as adversidades da vida. Ensina ainda a importância de Cristo para tornar isso possível e não permanecer apenas como uma utopia. As pessoas daquela época ficaram impactadas com o sermão do monte por causa da autoridade de Jesus. Mas será que já somos impactados por Cristo como as pessoas daquela época foram? Será que nós reconhecemos a autoridade de Jesus? Antes da fé em crer Nele como Salvador, e para obedecê-lo como Senhor precisamos contemplá-lo: sua pureza, sua simplicidade, sua sabedoria, sua santidade. Ele é o amigo e o Senhor, o Salvador e o professor, o Pai e o Deus. Ele é o médico e o consolador. Ele sabe de toda a nossa vida. O único que pode falar só com a nossa alma. Obedecer a Cristo é escolher uma forma de viver que não é a mais fácil, não é porta larga, é a porta estreita, é um caminho apertado. Viver de maneira que os ensinos de Cristo sejam obedecidos em nossas vidas é desafiador, mas conduz à verdadeira vida.

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