Assunto Específico (tema): Fé para tempos de crise!
Texto Bíblico: João 14.1
Objetivo Geral: Consagração
Objetivo Específico: Mostrar aos discípulos que precisamos de fé para encontramos a paz.
Proposição (grande ideia): Através da fé superamos o medo e a desesperança e alcançamos a paz.
Introdução (captação)
Como as pessoas estão vivendo hoje? Diante da violência, das tragédias e das catástrofes naturais reconhecemos que as pessoas estão vivendo com medo. Com a corrupção e o desapontamento das nossas lideranças, políticas e religiosas, as pessoas estão vivendo sem esperança. O medo somado à falta de esperança traz uma conclusão, as pessoas estão em crise e os dias que vivemos são dias maus. Não é a vontade do Pai Celestial que vivamos assim. Deus não nos criou para vivermos perturbados. Jesus preparando seus discípulos para um momento terrível para eles, que seria sua morte, mostrou a forma de superar o medo e a desesperança, a fé. É crendo que o discípulo deJesus supera o medo e a falta de esperança alcançando a paz que racionalmente é incapaz de ser explicada. Mas como alcançar essa fé?
1. Reconhecendo que coisas ruins acontecem a pessoas normais (Lucas 13.4)
Jesus faz uma referência à tragédia, a queda da torre de Siloé. O episódio que matou 18 pessoas serviu para Jesus alertar seus ouvintes que as vítimas do acidente não eram mais pecadoras do que qualquer pessoa. Jesus mostrou assim que coisas ruins acontecem a qualquer pessoa independe de sua condição espiritual. Todos estão sujeitos a acidentes e enfermidade. Todos estão sujeitos a perder um emprego ou alguém da família. Às vezes perguntamos: porque eu? Como se por causa de nossa integridade devíamos ser isentos das tribulações da vida. Ao contrário, devemos perguntar: porque não eu? Diante das enfermidades e das tragédias da vida devemos nos perguntar: porque não eu? Todos podem passar por adversidade e por que não eu? A Bíblia conta a história de um homem chamado Jó. Ele perdeu seus filhos, sua riqueza e sua saúde. Mesmo sendo íntegro ele sofreu. E como Jó lidou com o sofrimento? Ele não blasfemou de Deus e nem abandonou sua integridade, mas continuou confiando que Seu Redentor um dia o reergueria (Jó 19.25).
2. Impedindo que a maldade contamine o coração (Mateus 6.39)
Às vezes é impossível impedir que o mal nos oprima. Não podemos impedir que alguém nos surpreenda com agressões verbais ou até físicas. Mas o agressor nunca terá paz, enquanto o agredido pode, pela fé, alcançar a paz, se impede que a maldade contamine seu coração. Em outras palavras, é melhor ser o agredido do que ser o agressor. É verdade que a dor de ser agredido é grande, mas a dor de ser o agressor é infinitamente maior. Em Mateus 6.39 Jesus estava mostrando aos seus discípulos que nesse caso, quando os discípulos fossem maltratados, o problema maior era impedir que o mal brotasse em seus corações e estes retribuíssem o mal com o mal. Em Romanos 12.14 Paulo diz que o que vence o mal não é o mal, mas o bem. Assim, se alguém lhe obrigar a andar uma milha ande duas. Se alguém lhe pedir a túnica dê também a capa. Se alguém te bater numa face oferece a outra. Não resista ao perverso. Se alguém lhe roubar não reaja. Se alguém mentir a seu respeito não ataque a imagem desta pessoa. Mesmo que alguém lhe faça mal, não faça mal a ninguém, porque se não a paz estará ainda mais distante.
3. Confiando no Pai Soberano (Apocalipse 5.13b)
João foi um discípulo que sofreu com a morte de Jesus, mas também que vibrou em sua ressurreição. Viveu e lutou sempre dentro da igreja contra as heresias e fora contra a dominação do império romano. Por causa do imperador Domiciano que exigia veneração, João foi preso na ilha de Patmos e sua vida estava ameaçada. Mas João nunca perdeu sua fé no Pai Soberano. Numa visão ele viu Jesus. Ele parecia diferente. Seus pés eram como latão reluzente. Seus cabelos eram brancos como a neve. E os seus olhos como chama de fogo. Diante de Sua Glória a visão lhe deixou uma mensagem clara que foi cantada pelos anjos. O Trono não pertence ao imperador profano, mas ao Pai Soberano que se assenta e governa a terra. Ainda que as coisas extrapolem nosso controle e nossa capacidade de entender, sabemos que nada escapa do controle do Pai Soberano. Confiar Nele faz nossas almas descansar. Isso nos conforta. Não precisamos esconder nosso medo e nossa falta de esperança. Deus conhece o nosso interior, e se compartilharmos Ele vai nos mostrar Sua Soberania e nos confortar.
Conclusão (aplicação)
Habacuque foi um homem que também viveu em tempos de crise. O Pai Soberano disse a Ele que o justo viverá pela fé, e não pelo que acontece. Habacuque entendeu que precisava continuar crendo apesar de tudo que acontecia: Mesmo não florescendo a figueira, não havendo uvas nas videiras; mesmo falhando a safra de azeitonas, não havendo produção de alimento nas lavouras, nem ovelhas no curral nem bois nos estábulos, ainda assim eu exultarei no Senhor e me alegrarei no Deus da minha salvação. O Senhor Soberano é a minha força; ele faz os meus pés como os do cervo; ele me habilita a andar em lugares altos. (Habacuque 3:17-19) A ilustração nos ajuda a entender a natureza da fé e mostra que mesmo sem alcançar os resultados que queremos podemos ter paz. Um homem estava andando por uma floresta quando viu uma luz bem no horizonte e que vinha em sua direção. Ficou meio preocupado, mas ao mesmo tempo curioso em saber o que era aquilo. Quando a luz chegou bem perto dele, ouviu uma voz grave, forte, que lhe causava arrepios. Então aquela voz se identificou:– Eu sou Deus! E tenho uma missão para você.– Missão? Que missão, Senhor? Respondeu o homem apavorado.– Sabe aquela rocha que fica perto da sua cabana?– Sei sim, Deus, é uma grande rocha!– Sua missão é empurrar aquela rocha todos os dias faça chuva ou faça sol. Você aceita essa missão?– Claro, Senhor, eu farei conforme o Senhor manda.Aquele homem, então, ao chegar perto de sua cabana fez conforme o Senhor havia dito a Ele. Empurrou a rocha com toda a sua força. Assim que se cansou de empurrar voltou para a cabana para descansar. E dia após dia ele fazia a mesma coisa: empurrava a rocha com toda a sua força, enfrentando sol e chuva e as dores em seu corpo. Após algum tempo o homem ficou muito aborrecido, pois empurrava e empurrava a rocha e ela nunca saia do lugar. Ele sentia que seu trabalho era em vão. Não entendia porque Deus havia dado a ele aquela missão. O homem pensou:– Por que me matar empurrando essa rocha? Deus deve ter se equivocado! Não vou mais empurrar com toda a força como Deus mandou. Vou me esforçar menos, vou ficar menos tempo aqui empurrando essa rocha. E quando não tiver vontade não vou empurrar nada! Estou cansado de tanto empurrar e não ver nada acontecer! Então, o homem, angustiado com tudo isso, resolveu orar ao Senhor, pois seu coração estava dividido entre o que Deus mandou fazer e todos aqueles pensamentos:– Senhor, por tanto tempo tenho empurrado a rocha com toda a minha força e ela nunca se moveu! Estou desanimado com isso, com essa missão! Onde tenho falhado? Por que as coisas têm acontecido assim? Por que não consigo ver os frutos do meu trabalho? Por quê?Então, Deus lhe respondeu a oração:– Filho, quando conversei com você na floresta e te dei essa missão, eu lhe disse que você deveria empurrar a rocha com toda a sua força, não é? Nunca mencionei que você deveria mover a rocha, correto?– É verdade, Senhor!Você acha que você falhou em sua missão de empurrar a rocha?– Acho que sim, Senhor, pois não sinto que fiz um bom trabalho!– Não, você não falhou! Veja seus braços! Estão mais musculosos desde que começou a empurrar a rocha. Olhe para suas pernas, suas costas, suas mãos! Você hoje é um homem mais forte do que antes e isso só aconteceu porque você me obedeceu, empurrou a rocha e cumpriu a missão que eu te dei. O meu propósito era te fazer mais forte e não fazer você mover aquela rocha! Quando for preciso mover a rocha eu a moverei! O que Deus espera de nós é que tenhamos fé, mesmo que as coisas não tenham os resultados que esperamos, mesmo que a violência continue, tragédias aconteçam e pessoas nos desapontem. A fé não serve para impedir que estas coisas aconteçam, mas serve para nos fortalecer, nos preparar, para que quando elas vierem estejamos firmes em Deus e permaneçamos com paz no coração.
Comentários