Fazer o bem é legal! (Mateus 12.1-14)
- PIBI
- 10 de nov. de 2019
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Assuntos Gerais: Fazer o bem.
Assunto Específico (tema): Fazer o bem é legal!
Texto Bíblico: Mateus 12.1-14.
Objetivo Geral: Ético.
Objetivo Específico: Mostrar as pessoas que fazer o bem nunca será errado.
Proposição (grande idéia): Os mandamentos de Deus não nos impedem de praticar o bem, graças a Jesus que nos ensinou o caminho verdadeiro disposto a pagar o preço com a própria vida.
Introdução (captação)
Os discípulos de Jesus colheram espigas no sábado para comê-las. Os fariseus, um grupo muito tradicional e rigoroso em relação aos mandamentos de Moisés, viram e protestaram alegando a quebra do quarto mandamento (Êxodo 20.8, “Lembra-te do dia de sábado, para santificá-lo). Jesus demonstrou com muita paciência e didática que os mandamentos têm como objetivo gerar quebrantamento levando o indivíduo a buscar a misericórdia de Deus e que os mandamentos devem ser analisados a luz das circunstâncias. Jesus respondeu que não está quebrando a Lei quem está fazendo o bem.
Fazer o bem é legal porque a autoridade de Jesus é maior do que a autoridade da Lei! (v. 6)
A primeira resposta dada por Jesus foi comparar o julgamento feito aos discípulos com um possível julgamento a Davi, o grande rei da história de Israel. Este que entrou no templo dentro do local que era de exclusivo dos sacerdotes e comeu os pães considerados sagrados. Ninguém condenou ou condenaria Davi pelo que fez. A compreensão levada em conta a respeito da circunstância que envolveu Davi deveria também estar presente na questão dos discípulos de Jesus. Da mesma forma os discípulos não deveriam ser condenados por colher espigas no sábado. Davi não foi condenado por entrar e comer no templo porque tinha necessidade e os discípulos não deveriam ser condenados por colher espigas no sábado porque tinham necessidade.
A segunda resposta dada por Jesus aos fariseus os levou ao passado lembrando que na história religiosa daquele povo uma prática poderia ter quebrado o mandamento sem que eles percebessem. Jesus estava se referindo ao trabalho dos sacerdotes no dia de sábado. Se o mandamento fosse tratado com rigor os sacerdotes não deveriam trabalhar no sábado. Isso é claro seria um grande exagero e um erro em relação à vontade de Deus. Neste caso os sacerdotes seriam culpados por trabalharem no sábado? Alguém deveria trabalhar no sábado, por que senão, como o povo poderia prestar o culto e santificar o sábado? Os mandamentos tem seus propósitos e precisam ser interpretados.
A terceira declaração de Jesus é ainda mais forte. Ele relembra a inauguração do templo, local venerado pelos judeus. Em sua inauguração Salomão fez uma oração e nela disse que aquele lugar jamais poderia conter a Presença de Deus (2 Crônicas 6.18). Com esta declaração Salomão disse que Deus é maior e mais importante do que o templo. Jesus usou esta lembrança para dizer que Ele, da mesma forma, é maior e mais importante do que os costumes religiosos daquela cultura. A autoridade de Jesus é de natureza divina e maior que a autoridade da Lei. As palavras de Jesus são mais adequadas e importantes do que as palavras de Moisés.
A Bíblia não é maior do que Jesus. Seu objetivo é justamente apontar para Ele: De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados (Gálatas 3:24). Será que o tratamento da Bíblia e de Jesus tem sido adequado hoje em dia?
Fazer o bem é legal porque o objetivo da Lei é gerar a misericórdia, não promover a condenação dos inocentes! (v. 7)
Os fariseus condenaram os discípulos nesta narrativa. O julgamento foi considerado injusto de acordo com a análise feita por Jesus. Ele denunciou a condenação dos inocentes feita pelos religiosos do judaísmo daquela época.
O julgamento precipitado e a condenação injusta poderiam ser evitados se os fariseus entendessem o espírito da Lei. De acordo com Jesus ela não serve para regular todo o tipo de comportamento humano. As circunstâncias podem ser as mais diversas possíveis e o comportamento pode sofrer sua variação. É o espírito da Lei que deve servir de guia para a vida do indivíduo.
Jesus lembra a todos as palavras do profeta que revela a vontade de Deus. O que Ele espera de nós é misericórdia e não sacrifício (Oséias 6.6). Deus espera que cada indivíduo reconheça sua condição pecadora e sua necessidade do perdão divino. Ele espera que todos experimentem o quebrantamento e tenham um relacionamento com o Pai baseado na humildade e não na justiça própria. O Senhor espera que nossas relações interpessoais sejam contagiadas com a fé humilde e que seja evitada condenação em nome de Deus de pessoas inocentes.
Foi em nome de Deus que Jesus foi morto acusado de desrespeito com as coisas divinas. Foram em nome de Deus que quase todos os apóstolos foram mortos acusados de rebelião. Ainda hoje em nome de Deus calunias são declaradas, pessoas extorquidas e reputações arruinadas. Não é isso que Ele espera de nós!
Fazer o bem é legal mesmo que esta atitude desperte censura e perseguição! (v. 12)



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