“Então Esaú correu ao encontro dele e o abraçou; pôs os braços em volta do pescoço dele e o beijou; e choraram.” (Gênesis 33.4)
Lendo o capítulo 31 de Gênesis, vemos que Jacó estava em uma situação muito confortável financeiramente, mas desconfortável em seu relacionamento com seu sogro e seus cunhados. Jacó, então, recebe uma ordem de Deus: “Volte para a terra de seus pais e para a sua parentela; e eu estarei com você” (Gn 31.3). Diante dos sinais dados por Deus a ele (concordância das esposas, oposição de Labão, bem como das reclamações de seus cunhados), Jacó não tem dúvidas e parte em direção a Canaã. Seu sogro o persegue, eles se encontram, celebram um acordo e Jacó segue sua viagem. Agora, ele tem uma única preocupação: o encontro com seu irmão Esaú, após vinte anos de rancor. Sua preocupação era mais do que justa.
Jacó, obediente a Deus, mas temeroso, envia mensageiros à frente dele, instruindo-os até no que deveriam dizer a Esaú. Quando esses mensageiros voltam, as notícias não são boas: “Fomos até o seu irmão Esaú. Também ele está vindo para se encontrar com o senhor, e quatrocentos homens estão com ele. Então Jacó teve medo e ficou angustiado. Dividiu em dois grupos o povo que estava com ele, e também os rebanhos, os bois e os camelos” (Gn 32.6-7).
Diante dessa situação, qual foi a atitude de Jacó? Ele orou. Jacó exalta a Deus, a quem conhece desde os tempos de seu avô Abraão, um Deus que falou com ele (v.9). Ele se humilha, reconhecendo que não é merecedor de nada do que possui, e que tudo o que tem agora é fruto da pura bondade de Deus (v.10). Jacó roga pelos cuidados de Deus para com sua família, confessando seu medo (v.11) e relembrando a promessa de Deus para com ele (v.12). Jacó ainda envia presentes para seu irmão (v.13-15), mas também tem um encontro especial com Deus (vv. 22-29).
Como resultado dessa busca por uma ação divina diante de uma situação de grande temor, Deus age no coração de Esaú de maneira extraordinária! Em Gênesis 33.4, vemos a mão de Deus agindo na vida daquele que clama por socorro. Esaú corre ao encontro do irmão, não para matá-lo, mas para matar a saudade dos vinte anos que os separavam. Que encontro emocionante!
APLICAÇÃO PRÁTICA
Por vezes, nos envolvemos em situações de conflitos familiares difíceis de resolver; em outras, somos envolvidos. Mas com a intervenção do Senhor, o Deus de Abraão, Isaque e Jacó, todas as barreiras são desfeitas. Você tem alguém em seu círculo familiar ou de amizade com quem precisa se reconciliar? Não deixe para amanhã. Ore, peça a intervenção de Deus, em nome de Jesus, e Ele abrirá as portas necessárias para o perdão e a reconciliação.
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