“Pela fé, Moisés, depois de nascer, foi escondido por seus pais durante três meses, porque viram que era um menino bonito e não temeram o decreto do rei.” (Hebreus 11.23)
Vivemos em uma época frequentemente descrita como um período de intensos ataques às famílias, mas a grande verdade é que, por ser um projeto de Deus, ela sempre foi alvo de ataques. Desfazer famílias é um plano do inimigo, pois é destruir a primeira instituição divina na humanidade e a base da sociedade.
Um exemplo bíblico de destruição das famílias foi o ataque do Faraó às famílias hebreias, conforme registrado nas Escrituras (Êx 1). No entanto, o texto mostra que os pais de Moisés tomaram atitudes que foram vitais para a preservação da criança. Eles agiram com fé ao proteger sua família.
Uma vida de fé é moldada pelo legado de fé que recebemos de pessoas fiéis. A história de Moisés é marcada por atos de fé, começando pelos de seus pais. Não por acaso, a Bíblia introduz os passos de fé de Moisés destacando primeiro a fé de seus pais.
Proteger a família é reafirmar o valor de uma vida. Em nossos princípios batistas, reconhecemos o valor do indivíduo ao afirmar que: “A Bíblia revela que cada ser humano é criado à imagem de Deus; é único, precioso e insubstituível. Criado ser racional, cada pessoa é moralmente responsável perante Deus e o próximo. O homem, como indivíduo, é distinto de todas as outras pessoas. Como pessoa, ele é unido aos outros no fluxo da vida, pois ninguém vive nem morre por si mesmo. A Bíblia revela que Cristo morreu por todos os homens. O fato de ser o homem criado à imagem de Deus, e de Jesus Cristo morrer para salvá-lo, é a fonte da dignidade e do valor humano. Ele tem direitos, outorgados por Deus, de ser reconhecido e aceito como indivíduo sem distinção de raça, cor, credo ou cultura; de ser parte digna e respeitada da comunidade; de ter a plena oportunidade de alcançar o seu potencial. Cada indivíduo foi criado à imagem de Deus e, portanto, merece respeito e consideração como uma pessoa de valor e dignidade infinita”.
Precisamos assumir nossa responsabilidade de proteger nossos filhos. Hoje, não somos forçados a lançá-los no rio Nilo, mas muitos os entregam às ondas da internet, tão perigosas quanto a sentença de Faraó. Os estudos feitos pela Anatel e pelo Censo de 2022 indicaram uma possível correlação entre o alto uso da internet por crianças e adolescentes e o aumento dos casos de ansiedade entre jovens de 9 a 17 anos. As redes sociais têm sido apontadas como um dos maiores fatores para esses resultados. Como pais, sabemos que é impossível impedir nossos filhos de terem acesso a tudo isso em algum momento. No entanto, se quisermos protegê-los, devemos adiar o máximo possível a exposição às redes sociais, autorizando o acesso apenas quando tiverem maturidade para lidar com elas.
Educar os filhos e transmitir os valores de fé é a maior missão daqueles que são abençoados por Deus com a paternidade. Os pais de Moisés se arriscaram por essa causa e ainda fizeram o necessário para protegê-lo (Êx 2.3). Muitos estão deixando de investir tempo e dedicação em seus filhos, tentando compensar essa ausência com recursos financeiros e presentes, mas deixando de lado o que mais importa: sua presença. Como famílias edificadas sobre a Rocha que é Cristo, devemos, pela fé, assumir nossa missão de pais que se arriscam para proteger os filhos dos perigos atuais.
APLICAÇÃO PRÁTICA
Peça ao Senhor que lhe mostre quais os riscos que seus filhos estão enfrentando em casa, na rua e na escola. Peça a Deus que lhe dê sabedoria para saber proteger seus filhos de cada um desses perigos. Assuma a responsabilidade de transmitir os valores cristãos aos seus filhos por meio do culto doméstico. Assuma o compromisso de estudar cada devocional em família!
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